Acho que cada pessoa acaba por ter a sua época para se virar para dentro. Pensar sobre o que se tem feito, os objectivos concretizados e os que ainda estão no horizonte, os planos para os próximos dias, para o futuro próximo e para o futuro distante.
Conheço pessoas que se dão bem com o Samhain, ou os Samónios, no meio do Outono, e tem lógica. É o ano novo dos povos antigos, que terminavam as colheitas e entravam numa época de maior recolhimento.
Outras pessoas, mais adaptadas aos dias de hoje, fazem essa análise interior na passagem de um ano para o outro.
Acho que, por aqui, à medida que os dias se tornam cada vez mais pequenos, quando vem a chuva e o tempo escuro... tenho vontade de ficar dentro da minha toca e desbravar a escuridão com uma lanterna.
Hoje foi dia disso: dar a volta à agenda do ano passado e, quando a acabei, olhei para as que ainda não foram para a arrecadação... e mais uma volta.
Faltam 11 dias para o dia mais curto e a noite mais longa.
Por este andar, vou morar para uma floresta e hiberno nesta altura do ano.
Um cadeirão junto à janela, a ver a chuva e a ler um livro ou a escrever uma história, uma chávena de hortelão-pimenta num bule na mesinha ao meu lado e os biscoitos de manteiga feitos numa cozinha quente nessa manhã.


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