Doce de laranja.

Quase a entrar pelo Inverno dentro, toca a dar uso às laranjas que cobrem as árvores por esse país fora nesta época.

Hoje, raspei a casca em farripas pequenas, ali com um prático instrumento oferecido por uma amiga (e excelente doceira!) que me acompanha há muitos anos. O raspador e a amiga, é claro!

Deixo as raspas de molho em água durante um dia, também deixava as barbas de molho, mas enfim, amanhã é dia de correria, e logo cá venho contar como se faz o resto do doce.

Quando os sinais nos seguem.

Andei o dia todo com estes dois, e só reparei quando cheguei a casa e os pousei na mesa.

Os sinais estão lá, mas até os ver... caramba!

 

Então a modos que é assim:

Portugal veio para casa com um jogo que faz lembrar, com muita tristeza nossa, a Grécia e o Euro 2004 ou, vá, umas avózinhas a jogar, em certas alturas.

A França vai dar na bolha à Inglaterra, porque ninguém os cala, pelamordasanta!!

Depois, a Croácia limpa o sebo à Argentina, que é para não levantarem tanto a garimpa.

No outro jogo das Meias Finais, Marrocos arruma a França porque têm aqueles ufufus para resolver.

Depois, na final, aparece a menina dos melões e a Croácia ganha esta cena toda.

E está feito o Mundial deste ano.

 

Introspecção dos dias de Inverno.

 Acho que cada pessoa acaba por ter a sua época para se virar para dentro. Pensar sobre o que se tem feito, os objectivos concretizados e os que ainda estão no horizonte, os planos para os próximos dias, para o futuro próximo e para o futuro distante. 

Conheço pessoas que se dão bem com o Samhain, ou os Samónios, no meio do Outono, e tem lógica. É o ano novo dos povos antigos, que terminavam as colheitas e entravam numa época de maior recolhimento.

Outras pessoas, mais adaptadas aos dias de hoje, fazem essa análise interior na passagem de um ano para o outro.

Acho que, por aqui, à medida que os dias se tornam cada vez mais pequenos, quando vem a chuva e o tempo escuro... tenho vontade de ficar dentro da minha toca e desbravar a escuridão com uma lanterna.

Hoje foi dia disso: dar a volta à agenda do ano passado e, quando a acabei, olhei para as que ainda não foram para a arrecadação... e mais uma volta.

Faltam 11 dias para o dia mais curto e a noite mais longa.

Por este andar, vou morar para uma floresta e hiberno nesta altura do ano.

Um cadeirão junto à janela, a ver a chuva e a ler um livro ou a escrever uma história, uma chávena de hortelão-pimenta num bule na mesinha ao meu lado e os biscoitos de manteiga feitos numa cozinha quente nessa manhã.